Desafios da cirurgia bariátrica no Brasil

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Desde o seu surgimento até os dias atuais, a cirurgia bariátrica tornou-se uma intervenção eficaz e de sucesso no tratamento e combate à epidemia mundial da obesidade. Realizado de acordo com a necessidade de cada paciente e aliado a hábitos que serão incorporados em uma nova rotina, o procedimento oferece inúmeros benefícios que promovem a qualidade de vida.

A gastroplastia, popularmente chamada de redução de estômago, é o último recurso contra a obesidade. Ela tem como objetivo não só a perda de peso, mas também a contenção das doenças relacionadas. Para muitos, estar acima dos três dígitos na balança representa um grande risco de desenvolver diabetes e também hipertensão.

O registro de realização da primeira cirurgia bariátrica do mundo é datado de 1952, com a retirada de parte do intestino do paciente e que, para a época, não foi considerada bem sucedida. 

No Brasil, a primeira gastroplastia aconteceu em 1974, realizada por Dr. Salomão Chaib. Os pacientes submetidos à técnica, no entanto, corriam o risco de desenvolver quadros de cirrose hepática no pós-operatório. Foram necessários alguns anos de estudos para que, na década de 80, a intervenção começasse a ser realizada de forma segura. Na evolução do procedimento, o professor Arthur Garrido é considerado o pai da cirurgia bariátrica moderna nacional. 

Obesidade: doença crônica que precisa de tratamento 

Muitos conteúdos se referem à cirurgia bariátrica como a cura para a obesidade. Tratar o problema como uma doença crônica é, portanto, fundamental para que os médicos possam mostrar ao paciente como é necessário cuidar e monitorar essa condição pelo resto da vida. 

A bariátrica pode ser classificada em três modalidades:

Restritiva: que diminui o tamanho do estômago.

Mista: que diminui o estômago e desvia o trânsito intestinal.

Disabsortiva: que diminui a capacidade de absorção do intestino. 

Hoje, o Brasil é apontado como o segundo país do mundo com o maior número de intervenções do tipo: 100 mil por ano, perdendo apenas para os Estados Unidos. Mas de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – SBCBM, essa quantidade não contempla nem 1% das pessoas que esperam pelo procedimento. 

A Organização Mundial da Saúde – OMS recomenda a realização da gastroplastia para pacientes com IMC acima de 35 Kg/m² que tenham complicações de saúde. Ao chegar a esse índice, o indivíduo apresenta diversos problemas clínicos, como as citadas diabetes e hipertensão e ainda apneia do sono, elevação das taxas de gordura no sangue, dores nas colunas e nas articulações, entre outros. 

Quando nos referimos a gastroplastia, também é preciso incluir a intervenção chamada de metabólica, quando pacientes se submetem à cirurgia por causa de algum outro problema de saúde e não apenas para questões de obesidade. 

Realidade X Desafios da cirurgia bariátrica

No ano de 2019, foram realizadas no Brasil mais de 68 mil cirurgias bariátricas. A SBCBM aponta, ainda, que o número é 7% maior do que em comparação a 2018. Mas considerando que, segundo o IBGE, em 2019 uma a cada quatro pessoas acima de 18 anos estava obesa, a estatística não condiz com as reais necessidades.

A doença vem crescendo assustadoramente a cada ano. Conforme informação divulgada pela OMS, só no Brasil, a obesidade aumentou 67,8% nos últimos 13 anos e mais de 115 mil brasileiros morreram devido à obesidade no ano de 2015 (último dado estatístico divulgado). Assim, os principais obstáculos do setor atualmente são:

Aumentar a oferta de cirurgias

Existe uma campanha da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica para conscientização de que a intervenção precisa ser ofertada de forma ampla pelo Sistema Único de Saúde – SUS e também pelos planos de saúde, não só para diminuição das filas como para salvar pacientes portadores de outras doenças, como o diabetes tipo 2. 

Atualmente, um paciente permanece na fila de espera do SUS por cerca de seis anos, até que a bariátrica seja autorizada. Isso porque existem estados que sequer contam com a oferta do serviço, como Amazonas, Roraima, Amapá e Piauí. Mesmo que a rede privada também atenda tal demanda, muitos seguem aguardando liberações e a resolução de outros entraves burocráticos. 

Reduzir os custos do procedimento

A influência do fator financeiro é um dos que mais interfere na oferta deste serviço. Aliás, influencia também no tipo de cirurgia realizada e, consequentemente, na recuperação do paciente.

Em uma cirurgia do tipo aberta, o corte no paciente é de 10 a 20 centímetros; já por videolaparoscopia (mais precisa e menos invasiva), a incisão por onde passam as cânulas e câmeras seria de 0,5 a 1,2 centímetros. 

Uma das possibilidades seria buscar insumos nacionais que possuem qualidade igual ou até superior aos que são adquiridos em outros países. Fundada no ano de 2005, a Marlex é uma fábrica que busca soluções médicas para atender centros cirúrgicos de toda a América Latina e Europa. Dentre seus produtos, estão alguns dos mais utilizados em cirurgias bariátricas, desenvolvidos com a mais alta tecnologia, concebidos para oferecer segurança aos pacientes e cirurgiões, através da melhor linha de grampeamento e perfeição da configuração dos grampos do mercado.

Incorporar novas tecnologias

Com tantas inovações, é possível dizer que o procedimento – conhecido como o tratamento ideal para a obesidade – passou por uma grande transformação nos últimos anos. Atualmente, a cirurgia  menos invasiva, realizada através de vídeo e com a necessidade de pequenas incisões mostra que é possível garantir ao paciente um procedimento seguro, confortável e com ótimas chances de sucesso.

Atualmente a Marlex conta com uma linha completa de grampeadores para cirurgias convencionais e laparoscópicas, trocartes descartáveis inovadores, pinças ultrassônicas descartáveis, Monitor 4K, Insuflador 45 litros, Fonte de luz de Led 300, Processadora de imagem, Cabeça de câmera 4K Zoom e outros equipamentos de alta qualidade, contribuindo para a disseminação de novas tecnologias no Brasil.

Além da intervenção por videolaparoscopia, também já existe a cirurgia robótica. Nela, a equipe médica utiliza instrumentos que possam ser introduzidos e manipulados em espaços mínimos com a ajuda de um robô.

É sempre bom ressaltar que o médico especialista em cirurgia bariátrica é o mais indicado para apresentar as opções de procedimento. E quando se trata de qualidade de vida, nunca é tarde para procurar ajuda com o tratamento mais adequado.