Segundo dados do Ministério da Saúde, 55,7% da população brasileira está acima do peso e 19,8% está obesa. O aumento do número de pessoas com excesso de peso fez com que elevasse a procura por tratamentos emagrecedores como, por exemplo, a cirurgia bariátrica.
Esse procedimento cirúrgico é destinado ao tratamento da obesidade e das doenças agravadas e associadas ao excesso de gordura corporal. De forma geral, é considerada como uma alternativa segura, embora apresente alguns desafios da cirurgia bariátrica no Brasil como já mencionamos em outro artigo.
Entre as principais dúvidas, estão as derivações técnicas e os tipos de procedimentos, incluindo o Bypass Gástrico e a Bariátrica Sleeve. Neste artigo, descubra mais sobre o tema e o critério para cada técnica.
Conhecido como gastroplastia com derivação intestinal em Y de Roux, o bypass gástrico é a técnica bariátrica mais praticada no Brasil devido a sua segurança e, principalmente, sua eficácia. O paciente que é submetido a essa cirurgia perde de 70% a 80% do excesso de peso inicial.
Nesse procedimento é feito o grampeamento de parte do estômago, que reduz o espaço para o alimento. É um desvio do intestino inicial, que promove o aumento de hormônios que dão saciedade e diminuem a fome, fazendo com que o paciente adote melhores hábitos alimentares.
Essa combinação entre menor ingestão de alimentos e aumento da saciedade é o que leva ao emagrecimento, além de controlar o diabetes e outras doenças, como hipertensão arterial.
A recuperação pós-cirurgia é considerada lenta, podendo levar de seis meses a um ano. A maior perda de peso acontece nos primeiros três meses. Cuidados gerais, como seguir rigorosamente a dieta passada pelo nutricionista, tomar suplementos vitamínicos, e outros detalhes recomendados pela equipe médica, devem ser seguidos de maneira rígida, tanto para evitar complicações como para garantir todos os benefícios potenciais do procedimento.
Também conhecido como gastrectomia vertical ou “em manga”, esse procedimento é considerado restritivo e metabólico. Com essa técnica, se constrói um novo estômago no paciente, onde é transformado em um tubo, com capacidade de 80 a 100 mililitros (ml). Esse procedimento já é realizado há mais de 20 anos, tem boa eficácia sobre o controle da hipertensão e de doenças dos lipídios (colesterol e triglicérides).
Atualmente vem crescendo muito o número de cirurgiões que acreditam nos resultados desta técnica, inclusive para controle do diabetes. Estima-se que em breve será a cirurgia mais realizada no Brasil e no mundo. Embora seja uma técnica recente, apresenta uma curva de evolução promissora.
No pós-operatório, costuma-se incluir recomendações como ingerir bastante água, evitar exercícios físicos mais exaustivos, administrar alguns medicamentos, seguir a dieta feita pelo nutricionista da equipe transdisciplinar, entre outras.
A princípio é importante saber que os dois procedimentos são extremamente seguros e podem ser indicados conforme as características de cada paciente, apresentando resultados satisfatórios e com reduzidas chances de complicações. A escolha do procedimento deve ser feita junto à equipe médica dedicada ao caso, levando em conta as características específicas de cada paciente.
A semelhança dos métodos é que ambos utilizam a redução da área estomacal para proporcionar a diminuição do peso corporal (20% a 45% do total). Uma diferença importante é que no bypass gástrico é feito um corte no intestino, para que seja ligado à porção reduzida do estômago. A parte maior do estômago é “isolada”, porém não é retirada. Entre as vantagens do método está sua associação a um melhor controle do diabetes – ao retirar a área inicial do intestino (duodeno), a cirurgia estimula a liberação de hormônios capazes de reduzir a resistência à insulina.
Já no sleeve não há manipulação do intestino: a cirurgia mantém o caminho original no percurso dos alimentos, mas com a retirada permanente da maior parte do estômago. Uma das vantagens do procedimento é o fato de ser menos invasivo, por atuar somente em um único órgão. Não há perda intestinal nem a consequente redução na capacidade de absorção de nutrientes – o paciente não precisa de suplemento vitamínico.
Com tantas inovações na área médica, é possível dizer que ambos procedimentos passaram por grandes transformações nos últimos anos. Atualmente, as cirurgias são menos invasivas, realizadas através de vídeo e com a necessidade de pequenas incisões, isso mostra que é possível garantir ao paciente um procedimento seguro, confortável e com ótimas chances de sucesso.
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